Encontro celebra resultados dos 10 anos do Projeto Aninha

O Serviço de Apoio Social do Nupad (Saps) e a Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia do Estado de Minas Gerais (Dreminas), realizaram um encontro no dia 9 de julho para celebrar os 10 anos do início do Projeto Aninha e os frutos colhidos por ele, como a regulação do fluxo do atendimento das pacientes de alto risco.

Projeto acompanhou, por 10 anos, gestantes com doença falciforme. foto: arquivo pessoal.

Iniciativa do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG), o Aninha, como ficou conhecido, nasceu em 2007 a partir da necessidade de acompanhar as gestantes com doença falciforme, consideradas de alto risco, gerar e compartilhar conhecimento sobre os cuidados a essas mulheres. O encontro contou com depoimentos das mães, médicos e idealizadores do projeto falando das suas experiências com o Aninha.

De acordo com a presidenta da Dreminas, Maria Zenó Soares da Silva, mais de 400 atendimentos foram realizados pelo projeto nesses 10 anos de existência. “Antes do Aninha, tinha um número alto de morte das gestantes, que diminuiu depois do projeto. O Aninha, para mim, é a experiência de maior sucesso, pois foca no cuidar e não na doença. O projeto entendeu a peculiaridade da mulher negra com doença falciforme e deu certo, porque teve uma equipe multiprofissional”, avaliou.

Yande Pereira, moradora da cidade de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, lembra que o projeto foi essencial para suas duas gestações. “Através do projeto tive a oportunidade de viver de novo. O Aninha foi uma salvação em minha vida, porque através das médicas e das outras grávidas, pude ter meus filhos. Fui acolhida e abraçada, ajudávamos uma às outras”, conta Yande, hoje com duas crianças, de cinco e sete anos.

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