Desde o recebimento até a entrega do resultado, há muito rigor e responsabilidade em cada passo do caminho por qual percorre cada uma das 1.200 amostras diárias que o Nupad processa. 

O Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), órgão complementar da Faculdade de Medicina da UFMG, responsável pela realização do teste do pezinho em Minas Gerais, tem mais um papel com a sociedade durante a pandemia: auxiliar no diagnóstico de covid-19. Atualmente são processadas 1.200 amostras diárias para detecção do novo coronavírus e cada uma delas exige uma atenção rigoroso.

O Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LGBM) do Nupad é o responsável pelo processamento dessas amostras. Após o recebimento, é feita a conferência e o cadastro dos testes no sistema informatizado do Núcleo, bem como a extração e análise do RNA de cada um, e, por fim, a leitura e liberação dos resultados no sistema.

“As etapas devem ser individualizadas, em termos de ambiente laboratorial, principalmente para evitar contaminação das amostras. O exame de RT-PCR é muito sensível. Se a amostra for contaminada no laboratório, antes de ser analisada, vai soltar um resultado falso positivo. Ou seja, vai dizer que uma pessoa, que não tem vírus, está contaminada”, ressalta José Nélio.

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Estrutura e preparo

O Nupad começou a realizar o teste de detecção do vírus Sars-CoV-2 em abril deste ano, através da parceria da UFMG com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e atualmente também é um dos laboratórios da Universidade a integrar a rede nacional de laboratórios para diagnóstico da covid-19. Desde o início houve aumento das amostras analisadas e algumas mudanças foram necessárias, inclusive porque os outros exames de diagnósticos, como o teste do pezinho, não foram interrompidos.

Por isso o Nupad teve que adaptar até seu espaço e ampliar sua capacidade. “Temos uma grande vantagem que é o aumento de nossa área física para exames de covid-19, propiciada pelo diretor da Faculdade, o professor Humberto José Alves. Instalamos mais quatro capelas N2-B2 no segundo andar da Faculdade, e hoje, contamos com um número razoável de termocicladores, alguns foram emprestados por três professores da UFMG”, conta José Nélio.

Outra mudança foi a criação de um módulo no programa geral do Nupad, o Sistema de Detecção e Rastreamento do Vírus SARS-Cov2, para auxiliar o gerenciamento e organização das demandas.  O diretor do Núcleo informa, ainda, que as etapas, como entrada de amostras e envio de resultados, são feitas por sistema informatizado, o que acelera o processamento dos testes para atender a demanda da SES-MG. E são 30 profissionais, em média, envolvidos na análise dessas amostras, todos experientes com técnica de análise molecular e treinados em técnicas de RT_PCR.

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* Giovana Maldini – estagiária de jornalismo
Edição: Debprah Castro