Congresso internacional debate toxoplasmose congênita

v-icoct-logo-psd_materiaInfecção causada pela ingestão de carne crua ou mal cozida, água, vegetais e frutas contaminadas pelo parasito Toxoplasma gondii, a toxoplasmose normalmente não apresenta sintomas e riscos à saúde do adulto sadio. Já quando a doença é transmitida de mãe para filho, durante a gestação, os danos visuais, auditivos e neurológicos podem ser sérios. É a chamada toxoplasmose congênita.

Para discutir os avanços no conhecimento e controle da toxoplasmose congênita, o Grupo Brasileiro de Toxoplasmose Congênita da UFMG (GBTC) realiza em Belo Horizonte, entre 6 e 8 de maio, o V Congresso Internacional de Toxoplasmose Congênita. O evento, que ocorre pela primeira vez no Brasil, é feito em parceria com o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da UFMG (Nupad), a Associação Médica de Minas Gerais e a Sociedade Mineira de Pediatria.

Entre o público alvo estão pesquisadores da área, profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento do binômio mãe/filho e estudantes de pós-graduação e graduação.

 Ciência básica à saúde pública

“Iremos reunir especialistas de diversos países para discutir desde a ciência básica à saúde pública”, conta a professora do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e membro do GBTM, Gláucia Andrade. Para as palestras já estão confirmados estudiosos renomados no assunto, das universidades de Stanford e Chicago Medicine, nos Estados Unidos; Hôpital de la Croix-Rousse, na França; del Quindio, na Colômbia; e das universidades federais do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os três dias de Congresso serão divididos em cinco sessões temáticas que irão abordar assuntos como: as diferenças entre cepas do parasito prevalentes nos hemisférios norte e sul; resposta imunológica do hospedeiro à infecção; possível associação entre toxoplasmose e doenças neuropsiquiátricas; reflexões sobre os programas de controle da toxoplasmose congênita na Europa; desafios diagnósticos da toxoplasmose na gestação; tratamento da criança infectada e perspectivas para novas drogas; abordagem da toxoplasmose ocular e os desafios para o controle da infecção no hemisfério sul.

Segundo Gláucia, o evento será um fórum para discussão dos avanços na abordagem da toxoplasmose congênita: “Os profissionais terão oportunidade de atualizar conhecimentos para melhor atenção aos indivíduos com a doença”.

Programa de Controle da Toxoplasmose Congênita de Minas Gerais

Também como pauta do evento está o Programa de Controle da Toxoplasmose Congênita de Minas Gerais (PCTC-MG). Criado em fevereiro de 2013 pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e viabilizado tecnicamente pelo Nupad, a iniciativa busca controlar a transmissão da toxoplasmose congênita e diminuir os danos na criança infectada. Para isso, garante a todas as gestantes do estado a realização gratuita dos testes para o diagnóstico precoce da doença.

“Durante o Congresso serão apresentados dados gerais do programa, como performance da triagem no pré-natal e características das gestantes e crianças atendidas”, informa Gláucia Andrade, também consultora técnica do Nupad para a iniciativa.

Inscrições

As inscrições para o V Congresso Internacional de Toxoplasmose Congênita vão até dia 29 de abril. Depois, os interessados poderão se inscrever apenas no local do evento e estarão sujeitos à disponibilidade de vagas. Mais informações no site: http://www.toxo2015.com/