Nupad realiza parceria com Universidade de Stanford

Em mais uma iniciativa de internacionalização, o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) estabeleceu parceria com a Universidade de Stanford, no primeiro semestre deste ano, com a proposta de aprender novas técnicas e aprimorar os métodos de trabalho. Localizada na cidade de Palo Alto, Califórnia/EUA, a Universidade é considerada centro de referência para o diagnóstico de doenças metabólicas.

A primeira ação, realizada em Stanford durante janeiro e abril, foi o treinamento de profissionais do Nupad para técnicas de diagnóstico da deficiência de biotinidase, uma das seis doenças identificadas pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG). A expectativa é que novas atividades de capacitação, voltadas para a toxoplasmose congênita, sejam feitas na instituição nos próximos meses.

Deficiência de biotinidase

O primeiro treinamento na Universidade de Stanford foi direcionado para profissionais do Laboratório de Triagem Neonatal (LTN) e do Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LGBM) do Nupad.

A supervisora técnica do LTN, Daniela Nolasco, foi capacitada entre os dias 10 e 18 de janeiro, no Laboratório de Genética Bioquímica. Já Nara Carvalho, supervisora técnica do LGBM, deu continuidade ao treinamento no Laboratório de Patologia Molecular, entre 27 e 30 de abril. “A proposta comum foi o treinamento para a deficiência de biotinidase, cabendo a Daniela a parte bioquímica do diagnóstico e, a mim, a molecular”, explica Nara.

Daniela Nolasco em treinamento nos EUA. Acervo Nupad.
Daniela Nolasco em treinamento nos EUA. Acervo Nupad.

Segundo Daniela, foram aprendidas técnicas laboratoriais do exame quantitativo de biotinidase, para aprimoramento dos procedimentos do Nupad. “Após o treinamento, a técnica foi validada e implantada no LTN, com as devidas adequações das análises e valores de referências adotados”, observa.

Nara Carvalho e a técnica laboratorial, Sivly Ray. Acervo Nupad.
Nara Carvalho e a técnica laboratorial, Sivly Ray. Acervo Nupad.

Já a capacitação voltada à parte molecular do diagnóstico teve como foco a observação e acompanhamento do procedimento técnico para sequenciamento do gene da biotinidase. “De modo geral, não foi aprendida uma técnica nova, pois já realizamos o sequenciamento para o gene no LGBM, a forma de se fazer o procedimento é que é diferente, semiautomizado, enquanto aqui adotamos um método mais manual”, conta Nara Carvalho.

Na opinião de Nara, o aprendizado irá contribuir para a otimização e organização do fluxo de trabalho: “Em um aspecto mais amplo, considerando as duas etapas do diagnóstico, os treinamentos irão aprimorar a forma de análise e correlação entre os resultados bioquímicos e moleculares para a deficiência de biotinidase”.