Cinema e dinâmica levam jovens à reflexão


Warning: Attempt to read property "post_type" on null in D:\Sites\PortalNupad\wp-includes\post.php on line 6259

O Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps) realizou na quarta-feira, 30, uma sessão de exibição do filme Hairspray – Em busca da fama, para jovens com fenilcetonúria e doença falciforme em acompanhamento pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG). O objetivo foi promover, a partir do enredo, uma discussão sobre o preconceito e a autocompreensão, com a supervisão de profissionais e bolsistas de pedagogia.

No longa metragem, Tracy, a personagem principal, é uma garota que sonha dançar em um famoso programa de televisão, porém enfrenta grande dificuldade por ser obesa. Apesar dos problemas, a menina consegue superar as barreiras do preconceito e conquista milhares de fãs, passando a lutar, também, contra o racismo. A pedagoga do Ceaps, Michele da Silva Reis, explicou que a ideia de trabalhar o tema surgiu após um evento sobre racismo institucional promovido pelo Nupad a partir do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG). Segundo ela, durante os debates e oficinas, eram frequentes os relatos de situações de preconceito vividas pelos pacientes. Por isso, tornou-se de extrema importância colocar o assunto em pauta.

Após a sessão, foi realizada uma dinâmica de discussão na qual os participantes sorteavam uma situação de preconceito e deveriam dizer para o grupo qual seria sua reação se passasse pelo mesmo problema. Durante a atividade, muitos dos participantes se identificaram com as situações sorteadas, revelando já terem vivenciado momentos semelhantes e compartilhando suas histórias.

Ao longo do mês de julho foram realizadas, também, oficinas de autorretrato, nas quais os jovens produziram bonecos de papel representando a própria imagem, destacando características físicas. Segundo Michele, “reconhecer a diversidade presente nos espaços e a importância da convivência pacífica das diferenças auxilia os jovens na construção de uma postura de aceitação e respeito com o próximo e consigo mesmo”.

Painel sobre o racismo construído pelos jovens. Foto: Bruna Carvalho.
Painel sobre o racismo construído pelos jovens. Foto: Bruna Carvalho.

Ela explica ainda que, por se tratar de um tema delicado, falar sobre preconceito inicialmente causa um pouco de estranhamento nos jovens, mas à medida que a discussão progride, eles se sentem mais à vontade para falar e compartilhar as próprias histórias. A proposta é que, a partir deste trabalho, os jovens passem a refletir sobre si mesmos e o outro, não apenas no ambiente das oficinas, mas também nos outros meios em que convivem. A previsão é que a atividade continue no mês de agosto. Os grupos são de participação facultativa.