Coordenadora de Sangue do Ministério da Saúde visita Nupad

Maria Fátima Montoril (centro) no Laboratório de Triagem Neonatal do Nupad (Crédito: Bruna Carvalho)
Maria Fátima Montoril (centro) no Laboratório de Triagem Neonatal do Nupad (Crédito: Bruna Carvalho)

A coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (CGSH/MS), Maria de Fátima Montoril, esteve no Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) na última quarta-feira, 12 de março. A visita teve como objetivo apresentar à atual coordenadora, que assumiu o cargo em dezembro de 2013, as ações desenvolvidas pelo Núcleo no programa de triagem neonatal do Estado, com foco no acompanhamento da doença falciforme.

“Muitas de nossas ações são feitas, desde 2006, em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde”, observou o diretor do Nupad, José Nelio Januario. “E nossa intenção é que essa parceria permaneça e se aprimore”, disse.

Maria de Fátima visitou os laboratórios de triagem neonatal, pré-natal e de genética e biologia molecular do Nupad, instalados na Faculdade de Medicina. Ela esteve também no Centro de Educação e Apoio Social (Ceaps), onde são feitas ações de acolhimento, orientação de suporte e práticas educativas para os familiares e pacientes de doenças diagnosticadas pela triagem neonatal, mais conhecida como “teste do pezinho”.

Doença falciforme

No Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG), parceria entre Nupad e Fundação Hemominas, a coordenadora conheceu os projetos desenvolvidos para a atenção à pessoa com doença falciforme a partir de uma equipe multidisciplinar de profissionais e estudantes. São projetos para a gestante (Projeto Aninha), atenção básica (Linha de Cuidados na atenção primária à saúde) e atenção especializada (Projeto Atenção Especializada).

Para Maria de Fátima, a participação dos estudantes é um diferencial: “É muito importante trazer esses alunos aos projetos, levar o conhecimento das hemoglobinopatias e especialmente da doença falciforme para a universidade”. E sobre a capacitação de profissionais de saúde da atenção básica, destacou: “Se um profissional se interessa pelo aprendizado sobre a doença falciforme, já há resultado. É uma vida que pode ser salva”.

O projeto Saber para Cuidar: doença falciforme na escola, que busca levar o conhecimento da doença falciforme aos educadores, também foi assunto da visita. “Vemos nos hemocentros pacientes que sofrem preconceito na escola e que por isso não vão às aulas”, disse Maria de Fátima. “Se não acontecer sensibilização dos educadores, nada acontece”, destacou.

Apresentação de projetos no Cehmob-MG. (Crédito: Bruna Carvalho)
Apresentação de projetos no Cehmob-MG. (Crédito: Bruna Carvalho)

A coordenadora, que esteve acompanhada da assessora de gestão da CGSH/MS, Josiana Beltrão, conheceu ainda as atividades do Setor de Controle do Tratamento (SCT), do Sistema de Informação e do Grupo Executivo do Nupad, além de se reunir com a diretoria do Núcleo para avaliação e encaminhamentos.

“A visita foi muito proveitosa, pois pude conhecer o trabalho do Nupad com aprofundamento”, declarou Maria de Fátima. “A equipe está de parabéns por todo o comprometimento com a saúde do paciente. Vamos levar adiante tudo o que já é feito”, concluiu.