Parte do Projeto “Doença Falciforme: Linha de Cuidados na Atenção Primária à Saúde”, a Oficina de Replicação para Facilitadores reuniu, no dia 9, cerca de 70 profissionais e estudantes da área da Saúde na Escola de Enfermagem da UFMG, para conhecerem a proposta do Processo de Replicação de modo a se tornarem facilitadores em sua unidade de atuação junto aos demais profissionais da equipe multidisciplinar.
Os participantes, que atuam em 12 municípios da Superintendência Regional de Belo Horizonte, foram aprovados no curso de educação à distância “Doença Falciforme: Linha de Cuidados na Atenção Primária à Saúde”. Essa foi a primeira vez que o encontro contou com a participação simultânea de vários municípios pertencentes a uma mesma regional.
De acordo com Luciana de Oliveira, enfermeira de Nova Lima, o processo de replicação no município aconteceu junto às nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) que atendem pacientes com doença falciforme. “Os próprios facilitadores se sensibilizaram para a questão da visita adequada, de avaliar o cartão de vacina de forma adequada. Muitos nem conheciam os pacientes, e puderam conhecer as formas de prevenção dos eventos agudos”, conta Luciana. Para ela, os maiores desafios são vincular o paciente à UBS, lidar com a rotatividade dos profissionais e formalização dos fluxos de trabalho. “Não basta replicar, é preciso organizar um processo de trabalho e dar estrutura à unidade”, opina.
A pediatra e coordenadora do projeto, Ana Paula Pinheiro Chagas explica que Nova Lima é um dos municípios pioneiros no processo de replicação. “Todos passarão por um processo de adaptação. É fundamental que o processo de capacitação e sensibilização seja contínuo e permanente”, avalia. Para ela, é preciso capacitar e fazer com que a ação chegue ao paciente. “O conhecimento não pode ficar guardado com o profissional. O pensamento deve ser: replicar, capacitar, mas frutificar. Fazer o paciente receber o benefício”, conclui.
Oficinas
A oficina de replicação faz parte do Projeto “Doença Falciforme: Linha de Cuidados na Atenção Primária à Saúde”, um projeto do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG), parceria do Nupad e Fundação Hemominas. As oficinas já vêm sendo realizadas nos municípios desde 2012 com a participação de gestores municipais e profissionais aprovados no curso de educação à distância. Em 2013 esse formato de oficina ocorreu em 12 municípios (Ribeirão das Neves – 2, Barbacena, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, Januária, Montes Claros, Janaúba, Uberaba, Uberlândia e Pirapora). Durante o encontro, houve também a apresentação dos materiais didáticos que são disponibilizados o processo de replicação e relatos de experiências exitosas, visando à troca de boas práticas para despertar o envolvimento dos demais profissionais.
Jornada Mineira
Nos dias 12 e 13 de setembro será realizada, em Belo Horizonte, a Jornada Mineira “Doença Falciforme: Linha de Cuidado na Atenção Primária à Saúde”. O evento é promovido pelo Cehmob-MG, em parceria com o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad/Faculdade de Medicina/UFMG ) e a Fundação Hemominas.