Pessoas com doença falciforme contam suas experiências

Roda de conversa foi uma das atividades do Encontro Multiprofissional. Foto: Caroline Morena.

Pessoas com doença falciforme e familiares participaram de roda de conversa com profissionais de saúde para compartilhar suas experiências. A atividade ocorreu no dia 2 de outubro, no Conservatório UFMG, durante o 1º Encontro Multiprofissional – Doença Falciforme: Linha de Cuidados na Atenção Primária, promovido pelo Cehmob-MG.

Elizabeth do Carmo, 40 anos, de Ribeirão das Neves, é mãe de duas crianças com doença falciforme, com 13 e 9 anos, que foram diagnosticadas pela triagem neonatal. “Quando soube, foi um susto muito grande, pois não conhecia. Aos poucos, com a ajuda da Hemominas, fui entendendo melhor a respeito”, contou. Segundo a mãe, os filhos já passaram por várias intercorrências, como crises de dor, internações prolongadas e acidente vascular cerebral (AVC). “Vivo cada momento com eles como se fosse o último, estar com eles é sempre muito especial”, disse Elizabeth.

Já Alessandra Reis, 36 anos, foi diagnosticada aos 2. A mãe já havia perdido um filho com a doença falciforme antes de seu nascimento e perdeu outro depois, quando Alessandra tinha 7 anos. “Nós com doença falciforme vivemos em luta constante com a vida e somos agradecidos todos os dias. Acordar sem dor é muito importante”, afirmou. Ela contou que há dois anos vive sem crise e lembrou das dificuldades com o atendimento médico: “Sempre que chegamos é aquilo: você está aqui porque quer medicação mais forte, é viciado”. Alessandra também escreve poesias o que, segundo ela, a ajudou a lidar com as dores. Em um de seus textos escreveu: “Me sinto acorrentada, com dores, como querem que eu me vire? Pode ser incerto meu tormento, a realidade me deseja que essa dor só tende a aumentar”.

Profissionais durante evento. Foto: Caroline Morena.
Profissionais durante evento. Foto: Caroline Morena.

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Fonte: Cehmob-MG.