Seminário eletrônico aborda as duas novas doenças do PNTN

A coordenadora do PNTN, Ana Stela, e a professora associada da Universidade de São Paulo, Tânia Bachega, durante seminário eletrônico. (Crédito: Bruna Carvalho)
A coordenadora do PNTN, Ana Stela, e a professora associada da Universidade de São Paulo, Tânia Bachega, durante seminário eletrônico. (Crédito: Bruna Carvalho)

Foi realizado no dia 4 de outubro o Seminário Eletrônico da Fase IV do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN): hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase – aspectos clínicos. Promovido pelo Ministério da Saúde e coordenado pelo Nupad, o seminário teve um público de aproximadamente 649 pessoas inscritas, entre gestores, médicos, técnicos e profissionais de saúde dos serviços de triagem neonatal de todos os 26 Estados brasileiros.

O objetivo foi divulgar a estratégia do Ministério da Saúde para estender a todo o país a fase IV da triagem neonatal, que compreende a inclusão das duas novas doenças, hiperplasia adrenal congênita (HAC) e deficiência de biotinidase, além das quatro já diagnosticadas nas fases anteriores: hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e fibrose cística.

O seminário, que contou com a participação de palestrantes de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, foi organizado em dois momentos. No período da manhã, abordou a hiperplasia adrenal congênita (HAC) a partir da interpretação do teste positivo para a doença, tratamento, desafios do diagnóstico e discussão de casos clínicos.

Na parte da tarde os temas foram voltados para a deficiência de biotinidase. Os profissionais trataram da importância da triagem neonatal para a doença e trouxeram a experiência do Paraná nos 18 anos de realização do exame e acompanhamento do paciente. Outro assunto foi a condução e interpretação dos testes em situações especiais, considerando-se recém-nascidos prematuros e retidos em maternidade.

De acordo com a coordenadora nacional do PNTN, Ana Stela Goldbeck, o seminário eletrônico busca proporcionar um alinhamento de conhecimentos. “A experiência dos profissionais aqui presentes vai ajudar as pessoas que estão na outra ponta”, declara. “Este seminário abre um canal de comunicação que faz o conhecimento fluir, compartilhamos o saber e mostramos aos Estados que há alguém para apoiá-los”, define a representante do Ministério da Saúde.

Realidade do PNTN e nova portaria

Seminário tratou dos aspectos clínicos da hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. (Crédito: Bruna Carvalho)
Seminário tratou dos aspectos clínicos da hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. (Crédito: Bruna Carvalho)

Na abertura do seminário, Ana Stela falou da realidade nacional da triagem neonatal. Para ela, o maior desafio para se realizar o diagnóstico da HAC e deficiência de biotinidase em todo o país é o tempo. “Precisamos implantar e universalizar o diagnóstico para todo o Brasil até 2014. Alguns Estados do Norte e Nordeste, por exemplo, estavam recentemente na fase I, com apenas duas doenças, então terão que se adaptar em pouco tempo”, ressalta Ana Stela. Como explica a coordenadora, para isso são necessários recursos técnicos e humanos adequados: “Precisamos fazer com que todos tenham capacidade técnica, estrutura de laboratório, gestão correta, estrutura profissional qualificada na rede SUS. São esses nossos principais desafios”.

Na oportunidade, Ana Stela destacou o novo marco normativo do PNTN. Desde o dia 20 de setembro está em consulta pública a portaria nº 18 do Ministério da Saúde que reformula o programa, tendo como característica principal sua consolidação nas redes de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a reformulação, o PNTN passará a contemplar a triagem neonatal por amostra biológica, que é o teste do pezinho, além da triagem neonatal auditiva e a triagem neonatal ocular”, apresentou a coordenadora.

Para acessar o documento em consulta pública, basta acessar o site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/sas.

Confira a programação completa do seminário eletrônico:

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