Ceaps realiza atividade em homenagem às mães

Reunidas no Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps) no dia 5 de maio, mães de crianças em acompanhamento pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG), na maioria para a fenilcetonúria, participaram de atividade coordenada pela equipe de Psicologia. O objetivo foi destacar o relacionamento entre mães e filhos e homenageá-las pelo Dia das Mães, comemorado no próximo dia 10 de maio.

Durante rápida dinâmica, as mulheres receberam um cartão com um número e foram orientadas a encontrar um par correspondente dentre vários espalhados em uma mesa. Nenhum deles, porém, correspondia aos cartões entregues. “Nenhuma de vocês encontrou o par e, sabem por que? Porque queremos simbolizar que cada uma de vocês é única”, pontuou a estagiária do Ceaps, Josiane da Silva.

Logo após, com a leitura de uma mensagem especialmente dedicada às mães de crianças com fenilcetonúria, as participantes foram levadas a refletir e compartilhar experiências sobre os desafios na criação do filho. “Ser mãe de fenilcetonúrico dói”, dizia a mensagem. “Dói quando ele nasce e ela se pergunta como vai saber educar, dói quando descobre que o filho tem a doença e ela quer trocar de lugar com ele e não pode. Dói quando não sabe o que fazer”.

A mensagem, entregue a todas às mães no final da atividade, destacou também aprendizados e conquistas: “Ser mãe de fenilcetonúrico é querer sempre buscar mais informações, virando assim uma especialista no assunto, sempre pronta a ajudar as mães novatas. É conseguir ler as letras minúsculas nos rótulos e descobrir no final que ele não pode comer. É assistir os avanços de seu pequeno com imenso prazer, sorrir com suas vitórias. É ser guerreira e forte”.

Para Lívia Cristina, que acompanhou a atividade com o filho Miguel, ser mãe é viver cada dia de uma vez e percorrer um longo caminho. “Tenho uma mistura constante de sentimentos, medo, vitória e gratidão por ter meu filho comigo. Busco estar feliz mesmo diante das dificuldades e das lutas diárias”, declarou.

Também, para Francismara Araújo, mãe dos gêmeos Samuel e Sávio, ambos com fenilcetonúria, a maternidade é, antes de tudo, um sentimento de vitória: “É ver que meu trabalho está sendo bem feito e que meu filho está crescendo bem”.

Samuel e Sávio com a mãe Francismara na brinquedoteca do Ceaps. Foto: Rafaella Arruda.
Samuel e Sávio com a mãe Francismara na brinquedoteca do Ceaps. Foto: Rafaella Arruda.