Encontro celebra Dia da Mulher Negra

Atividade foi realizada no Cehmob-MG. Foto: Rafaella Arruda.
Atividade foi realizada no Cehmob-MG. Foto: Rafaella Arruda.

“Tendo em vista que a doença falciforme é prevalente na população negra (95%), essa data de hoje, 25 de julho, é mais importante para a gente do que o 8 de março”, disse a presidente da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia do Estado de Minas Gerais (Dreminas), Maria Zenó Soares, sobre a celebração do Dia Nacional da Mulher Negra. Para marcar a data, a Associação, em parceria com o Cehmob-MG, realizou um Encontro Especial com a presença de mulheres que têm doença falciforme, dentre outros convidados, para que elas pudessem contar um pouco de suas histórias de vida.

A partir dos relatos, experiências de dor, preconceito e indiferença, marcadas por aprendizado e conquistas. “Dos 10 aos 18 anos foi a fase mais difícil. Fiquei internada e em coma por três meses, enfrentei crises convulsivas, artrite, quatro necroses, cadeira de rodas”, contou Nívea Ferreira, de 25 anos, diagnosticada com anemia falciforme aos 2. Durante a fase escolar, e após ficar um ano longe das aulas devido às complicações da doença, Nívea contou com a ajuda dos professores por um período de quatro anos para ir e voltar à escola. “Já trabalho há nove anos e hoje pesquiso e procuro saber tudo sobre a doença. Tenha a doença falciforme, mas não deixo de viver por isso”, afirmou.

Maria Zenó durante roda de conversa. Foto: Rafaella Arruda.
Maria Zenó durante roda de conversa. Foto: Rafaella Arruda.

Cristina Santos, mãe de I.S., 12 anos, compartilhou os momentos de superação enfrentados ao lado da filha, diagnosticada com doença falciforme aos 19 dias de vida. A jovem foi internada mais de 30 vezes durante a infância, retirou o baço devido às repetidas ocorrências de sequestro esplênico (aumento do baço), passou por diversas internações e um derrame pleural (acúmulo de líquido nos pulmões). “Tive depressão grave, abandonei o emprego para acompanhar minha filha”, disse Cristina. Segundo a mãe, em 2011, após a criança começar a medicar-se com hidroxiureia (medicamento para tratamento da doença falciforme), as internações não ocorreram mais: “Estamos na luta e eu só tenho que agradecer a Deus porque aprendo muito com minha filha. Um apoiando o outro, a gente consegue vencer”.

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Fonte: Cehmob-MG.