A equipe do Projeto Aninha, em conjunto com o Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps), se reuniu no Cehmob-MG, no dia 18, para a apresentação dos trabalhos de conclusão de estágio e confraternização pelo encerramento de mais um ano. Representantes do Projeto Atenção Especializada (PAE), da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Dreminas) e da Maternidade Odilon Behrens (HOB) também estiveram presentes.
Estudantes de Serviço Social, Psicologia e Medicina, que durante o segundo semestre do ano estiveram envolvidos no projeto voltado à gestante com doença falciforme, apresentaram trabalhos sobre as experiências mais marcantes do período. “Todos os semestres fazemos essa atividade, mas desta vez a ênfase dos acadêmicos foi nos aspectos multidisciplinares do Aninha a partir da abordagem dos casos mais complicados do ponto de vista clínico, social e psíquico”, explica a psicóloga do Cehmob-MG, Merupe Romanini.
A acadêmica Paula Santos falou do trabalho da Assistência Social dentro do projeto, com a atuação próxima às gestantes e também aos acadêmicos de Medicina. “O Projeto Aninha foi uma experiência extraordinária, só tenho a agradecer a toda a equipe”, declarou Paula.
Sarah Rodrigues, da Psicologia, que conclui sua participação no Aninha após dois anos de atividades, falou da implantação da proposta de humanização para a equipe de saúde. “Meu objetivo foi tratar das principais demandas dos colaboradores do projeto e as intervenções que realizamos no âmbito da Psicologia”, definiu Sarah. A acadêmica forma-se neste semestre e em 2014 inicia a Residência Multiprofissional em Saúde Cardiovascular no Hospital das Clínicas da UFMG.
Ainda, os acadêmicos de Medicina, Felipe Cesar, Flávio Fonseca, Luanna Martins e Fábio Castro falaram das experiências e dos casos significativos vivenciados durante o período de atuação no Aninha, como ocorrências de aborto e o acompanhamento de gestantes em situação clínica de maior gravidade.
Segundo Merupe, reviver essas experiências traz reflexão para toda a equipe: “Os trabalhos dos acadêmicos representam novas propostas e nos fazem reavaliar o que ocorreu ao longo do semestre”. Para a supervisora técnica do Cehmob e coordenadora do Aninha, Milza Cintra Januário, é mais um passo para o aprimoramento do projeto. “Nossa intenção é falar do que fizemos, de como foi 2013 para profissionais e acadêmicos, o que conseguimos atingir e ainda vamos caminhar”, declarou.
Além da apresentação dos trabalhos, a ginecologista e obstetra Regina Aguiar, do Projeto Aninha, fez uma importante exposição sobre a importância do aconselhamento genético no que se refere à saúde sexual e reprodutiva das mulheres com doença falciforme. Também, a presidente da Dreminas, Maria Zenó Soares, fez uma síntese do trabalho desenvolvido pela Associação, cujo papel é fundamental nas realizações do Aninha, e homenageou representantes do projeto com o Prêmio João Batista, em consideração “aos amigos da pessoa com doença falciforme”.