Representantes do Nupad viajam à Inglaterra

A enfermeira clínica Sekayi Tangayi, Kelen Lima, o professor Simon Dyson e Isabel Castro no centro de saúde especializado em doença falciforme e talassemia (Newham Sickle Cell Centre), em Londres. Acervo Nupad.
A enfermeira clínica Sekayi Tangayi, Kelen Lima, o professor Simon Dyson e Isabel Castro no centro de saúde especializado em doença falciforme e talassemia (Newham Sickle Cell Centre), em Londres. Acervo Nupad.

Entre os dias 19 e 28 de janeiro, profissionais do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) estiveram na Inglaterra para visita técnica de internacionalização do projeto “Saber para Cuidar: doença falciforme na escola”, do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG).

A coordenadora do projeto, Isabel Castro, e a coordenadora do Setor de Tradução e Relações Internacionais do Nupad (Setri), Kelen Lima, reuniram-se com profissionais da área de saúde que atuam com doença falciforme nas cidades de Londres e Leicester. Os encontros aconteceram em organizações não governamentais, na Universidade de Montfort e em centros de saúde.

O objetivo da visita foi fortalecer e dar prosseguimento às ações de cooperação internacional já existentes no âmbito do Cehmob-MG, com foco no projeto Saber para Cuidar. Neste sentido, uma das principais iniciativas já realizadas foi a tradução e adaptação transcultural da cartilha para doença falciforme nas escolas a partir de original britânico, processo concluído pelo Nupad em outubro de 2014. Saiba mais.

Visita à associação de apoio à pessoa com a doença falciforme Croydon Sickle Cell Support Group, em Londres. Acervo Nupad.
Visita à associação de apoio à pessoa com a doença falciforme Croydon Sickle Cell Support Group, em Londres. Acervo Nupad.

As profissionais do Nupad conheceram serviços de saúde que trabalham com as pessoas com doença falciforme. Foi possível compreender como a doença é tratada por estes profissionais e como as pessoas lidam com as questões do diagnóstico e tratamento, pois foram feitas visitas a grupos de pais. “Apesar de diferentes, Brasil e Inglaterra se aproximam no que diz respeito à falta de conhecimento acerca da doença e de suas implicações na aprendizagem. Por isto, quanto mais pudermos divulgar as ações do projeto, mais pessoas poderão se unir na construção da tão desejada rede de apoio às pessoas com doença falciforme”, conta Isabel.

Foram realizadas ainda a apresentação do curso de ensino a distância (EaD) do Saber para Cuidar e reuniões com professores e pesquisadores da Universidade Montfort, na cidade de Leicester, com grande potencial de desenvolvimento de projetos de cooperação internacional em representação social e questões linguísticas em doença falciforme. “A visita englobou discussões de novas ações e parcerias, e agora trabalharemos para definir quais serão os projetos realizados”, relata Kelen. Um destes projetos, de adaptação transcultural da cartilha para doença falciforme nas escolas voltada a outros países da África, já está em andamento.

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Visita à ONG Sickle Cell Society, em Londres. Isabel Castro e Kelen Lima com o professor Simon Dyson, o diretor da ONG John James e as enfermeiras geneticistas Lyamide Thomas e Comfort Ndive. Acervo Nupad.