Minas Gerais foi o primeiro Estado habilitado pelo Ministério da Saúde para a quarta fase do Programa Nacional de Triagem Neonatal.

Começaram, no dia 20 de maio, os testes para detectar as duas novas doenças –Deficiência de Biotinidase e Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) – no exame de triagem neonatal, popularmente conhecido como “teste do pezinho”. Os testes passam a ser feitos nas mesmas amostras já colhidas pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG), parceria da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio do Programa Viva Vida, com o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG.

O PETN-MG abrange os bebês nascidos nos 853 municípios do estado. A coleta do sangue é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento adequado do paciente logo nos primeiros dias de vida.

Ambas as doenças são hereditárias. Estima-se que a deficiência de biotinidase tenha incidência de um caso para cada 20 mil nascimentos. Já para a HAC essa relação é de um caso para cada 15 mil recém-nascidos. Além das duas novas doenças, já são triadas em Minas Gerais hipotireoidismo congênito, fibrose cística, fenilcetonúria e doença falciforme.

De acordo com o Ministério da Saúde, os Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul também foram habilitados para triar as seis doenças. A portaria foi publicada no dia 9 de maio.

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Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) – produz alterações hormonais no organismo do recém-nascido, podendo virilizar a genitália feminina ou causar um grave distúrbio hidroeletrolítico, que pode levar ao óbito no período neonatal. O tratamento,coberto pelo SUS, consiste na reposição hormonal.

Deficiência de Biotinidase- distúrbio metabólico que pode levar a graves lesões neurológicas, de caráter irreversível. A incidência de um caso para cada 20 mil nascimentos é para as formas de deficiência parcial ou total. O tratamento, também coberto pelo SUS, é feito com o uso da vitamina biotina.