Alunos de Biomedicina e Ciências Biológicas da Faculdade Pitágoras e do Centro Universitário Una, de Belo Horizonte, estiveram na Faculdade de Medicina da UFMG, nos dias 22 e 31 de outubro, para visita ao laboratório de triagem neonatal (LTN) do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad).

Na oportunidade, sob a orientação de técnicos do setor, os estudantes conheceram os procedimentos laboratoriais utilizados na triagem das seis doenças diagnosticadas pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG).

Na área da doença falciforme, foram apresentadas as etapas de trabalho desde a chegada da amostra de sangue do recém-nascido, passando pelo picote da amostra, diluição para extração do sangue, até análise das hemoglobinas pela técnica de eletroforese por focalização isoelétrica (IEF). No caso de resultado positivo para a doença falciforme, a amostra é encaminhada para confirmação no laboratório de genética e biologia molecular (LGBM) do Nupad.

Os alunos conheceram ainda as técnicas e equipamentos usados para a triagem das demais doenças. No caso do hipotireoidismo congênito, fibrose cística e hiperplasia adrenal congênita são utilizados aparelhos totalmente automatizados, enquanto a triagem para fenilcetonúria e deficiência de biotinidase exige também técnicas manuais de análise.

O LTN recebe, em média, 21 mil amostras de sangue por mês, o que representa, por dia, cerca de mil amostras processadas para cada uma das seis doenças, totalizando seis mil dosagens diárias.

Aprendizado

Trinta e nove alunos estiveram presentes durante os dois dias de visitas. Para Paloma de Paula, que cursa o sexto período de Biologia na Faculdade Pitágoras, foi uma importante oportunidade de aprendizado. “Essa é exatamente a área na qual quero atuar, de laboratório e diagnóstico”, disse.

“Como faltam equipamentos e temos mais a parte teórica, fazer essa visita é uma grande oportunidade para nós”, declarou a também aluna de Biologia, Luana Caroline.

Da mesma forma, para os estudantes de Biomedicina, o principal ganho foi poder conhecer a prática na área do diagnóstico. “Só temos acesso a fotos, então aqui conhecemos como é, como funciona”, admitiu Patrícia Raquel, da Una. “A possibilidade de o Nupad abrir os setores para a sociedade, para nós alunos, é muito bacana. Gostei demais”, reforçou o colega, Antônio de Pádua.