Bate-papo no Ceaps celebra início da primavera

Para marcar a chegada da primavera, o grupo de Psicologia do Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps) realizou hoje, 23 de setembro, um bate-papo com pais e responsáveis por crianças em acompanhamento pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG). A ideia foi refletir sobre os momentos da vida que se assemelham às estações do ano.

Após observarem diferentes imagens com referência ao verão, outono, inverno e primavera, a estagiária de Psicologia do Ceaps, Josiane Silva, convidou cada participante a escolher aquela que mais se ligasse à sua fase de vida. Maria Francisca, de Lagoa Santa, optou pela foto dos galhos secos com novos brotos: “Apesar das dificuldades e desafios, o amanhã sempre chega, e novos desafios virão. O importante é saber que as coisas vão melhorar”. Maria Francisca é avó de Arthur, de sete anos, em acompanhamento para fenilcetonúria. Para ela, apesar das dificuldades iniciais com o diagnóstico da doença, a fase agora é de alegria. “O Arthur é muito bem atendido, segue a dieta muito bem, é uma criança normal. Hoje, tudo são flores”, revelou.

Imagens para representar as estações. Foto: Rafaella Arruda.
Imagens para representar as estações. Foto: Rafaella Arruda.

Para Cleide Gonçalves, de Contagem, também com filho em acompanhamento para a fenilcetonúria, a imagem do verão resume melhor seu pensamento: “O Sol nasce todos os dias, traz sempre oportunidades novas para melhorar”. Já Pedro Gonçalves, do município de Liberdade, escolheu a figura do outono. “É porque nossa vida tem altos e baixos, folhas secas e folhas brotando”, explicou para o grupo.

De acordo com Josiane Silva, que também optou pela imagem do outono, o ue vale é pensarmos na vida como transformação, e não só como sequidão ou momentos ruins. “No contexto das doenças, temos que enxergar além dela, pensar nas coisas boas que os filhos trazem para vocês, sermos otimistas. Mas também é preciso viver a emoção do momento, chorar quando preciso. Não podemos ser fortes todo o tempo”, resumiu.

O poema “A vida e as estações” de Martha Medeiros, lido para o grupo, encerrou a atividade:

…Eu queria que tudo fosse verdade, que a vida fosse assim dividida em quatro estágios que mais parecem estações do ano, mas que não acabasse, que depois do inverno viesse outra primavera, e outro verão, e outro outono, que nunca são iguais, mas sempre se repetem, sempre voltam, são tão certos quanto o sol e a lua, todo dia, toda noite”.