Carnaval é tema de atividade do Ceaps

Confecção das máscaras. Foto: Rafaella Arruda.
Confecção das máscaras. Foto: Rafaella Arruda.

Em clima descontraído, o Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps) promoveu nessa quarta-feira, dia 3, bate-papo e arte sobre o Carnaval. Convidados pelos estagiários do Ceaps a confeccionar máscaras e falar dos preparativos para o feriado, adolescentes e crianças com fenilcetonúria, em acompanhamento pelo Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG), puderam, ao lado dos pais, mostrar a criatividade e compartilhar experiências.

Entre os jovens, o principal assunto foi o divertimento durante a festa. Enquanto uns disseram curtir o Carnaval de forma mais tranquila, dentro de casa, outros preferem sair às ruas. “Desde que ela deixe, gosto de pular o Carnaval”, brincou uma das adolescentes em referência à mãe, também presente.

Na Brinquedoteca, a pequena Mírian Alice, de 7 anos, foi uma das que mais se divertiu. Com a orientação dos estagiários, ela criou duas máscaras com tinta e brilho e se fantasiou de princesa. “No Carnaval o que mais gosto é das roupas e de dançar. Já tenho até uma fantasia de bailarina para colocar na escola”, disse. Para a mãe de Mírian, Simone Gouvêia, que esteve no Centro pela primeira vez, acompanhar a filha na atividade foi motivo de muita alegria. “Devido ao trabalho, minha filha mais velha é que costuma trazê-la para as consultas. Fui muito bem acolhida aqui, é uma família”, disse a moradora de Timóteo (MG).

Simone e a filha Mírian. Foto: Rafaella Arruda.
Simone e a filha Mírian. Foto: Rafaella Arruda.

Adotada por Simone aos cinco anos, Mírian é, segundo a mãe, uma garota muito organizada e obediente, e tem uma vida totalmente normal. “Ao adotá-la e saber da fenilcetonúria fui muito alertada, queriam que eu desistisse. Mas não desisti! Minha filha é muito inteligente, a primeira da classe”, diz, orgulhosa. Para Simone que tem, além de Mírian, outros três filhos adotivos e mais uma biológica, conhecer outras crianças e jovens no Ceaps, também com fenilcetonúria, é um grande incentivo: “Arrepiei de ver todos aqui, conversando, participando. Agora estou mais animada ainda. O ‘x’ da questão é o cuidado”.

A pedagoga do Ceaps, Raíssa Azevedo, responsável pela gestão das atividades educativas, destaca a importância da troca entre adolescentes, crianças e pais no ambiente do Centro. “Essa atividade evidencia a necessidade e os benefícios da adesão ao tratamento, que é o que garante um desenvolvimento normal. A interação é uma experiência muito exitosa”, afirma.